TRANSPORTE DO CONCRETO

Transporte do concreto requer cuidados especiais

Um caminhão betoneira, de acordo com a ABNT NBR 7212:2012 – Execução de concreto dosado em central – Procedimento -, precisa, independentemente das condições de tráfego e da distância entre a central e o local da obra que contratou o serviço, entregar o material que carrega no tempo máximo de 150 minutos (item 4.5.3, letra b). 

São 90 minutos para o transporte até a obra (item 4.5.2, letra b) 30 minutos para o inicio da descarga do concreto (item 4.5.3, letra a) e mais 30 minutos aplicar (lançar e adensar) o concreto. É o que diz a norma, que para ser cumprida exige logística apurada e tecnologia embarcada nos veículos que transportam o concreto. 

Segundo Arcindo Vaquero y Mayor, que coordenou a revisão da ABNT NBR 7212:2012 e atualmente é consultor técnico da ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem) as concreteiras que atuam em grandes cidades, onde o trânsito é cada vez mais caótico, têm agido em duas frentes para conseguir cumprir a norma. “Uma delas é modificar o concreto com aditivos, para que ele permaneça com a trabalhabilidade adequada e tenha retardado o tempo de início de pega. Outra frente é solicitar permissões específicas aos organismos de trânsito para que os caminhões possam circular com menos restrições”, explica. 

O consultor da ABESC alerta ainda que os caminhões betoneira precisam ter tecnologia embarcada para preservar a trabalhabilidade do concreto ao longo do percurso. Por isso, a recomendação da própria associação é que um veículo seja usado no máximo por dez anos, sob risco de, mesmo bem conservado, tornar-se obsoleto. “Atualmente, os caminhões dispõem de vários equipamentos voltados para medir o abatimento do concreto (slump) e, em função da força que a bomba hidráulica faz para movimentar a betoneira, é possível realizar a leitura e injetar pequenas quantidades de água ou aditivo para corrigir essa trabalhabilidade”, diz. 

Além das qualificações do veículo e do cumprimento das normas, os motoristas-operadores de betoneira desempenham função estratégica para que o concreto preserve suas características ao longo do transporte entre a central e o canteiro de obras. “A recomendação da ABESC é que ele entregue o concreto com as características acordadas com o cliente, seguindo as normas da ABNT, em especial a NBR 7212:2012″, ressalta Arcindo Vaquero y Mayor. Significa que o motorista precisa obedecer as orientações estabelecidas pelo laboratório da central, sob risco de reduzir a resistência do concreto e vir a causar problemas estruturais na obra. 

Caso o cliente solicite que seja acrescentada mais água ou aditivo na betoneira, antes da descarga do concreto, o motorista-operador deve fazer o pedido constar no corpo do documento de entrega. Este deve ter um campo onde o responsável pela obra assina a autorização para modificar a especificidade do material. Neste caso, recomenda-se que, além da NBR 7212:2012, sejam obedecidas também as seguintes normas: ABNT NBR 12654:2000 – Controle tecnológico de materiais componentes do concreto; NBR 12655:2006 - Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento – Procedimento, e NBR 6118:2007 – Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. 

Logística 

Como o concreto dosado em central é uma carga perecível, o planejamento da concretagem é decisivo para ela seja realizada com sucesso. Por isso, o descarregamento não pode coincidir com a chegada de outras cargas na obra. 

Da mesma forma, a central de concreto deve estar preparada para atender pedidos de socorro mecânico aos caminhões betoneira para não atrasar a entrega e prejudicar o concreto. Muitas vezes, um simples pneu furado pode causar o descarte total da carga, por ter ultrapassado o tempo limite de aplicação. 

Vale frisar que os caminhões betoneira, quando carregados, tornam-se muito pesados – 32 toneladas, em média, quando transportam 8 m³ de concreto dosado em central. “Além de todos esses cuidados, existem softwares de gestão de frota e de logística que ajudam significativamente no transporte do concreto“, destaca Arcindo Vaquero y Mayor, orientando que quem quiser maiores informações basta procurar a ABESC. 

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Sr. Correia
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